Lauren Blakely - Part-Time Lover {Trechos 1 e 2 - Tradução}


Hoje é o lançamento do livro 'Part-Time Lover' da autora Lauren Blakely! A autora é conhecida aqui no Brasil pelos livros 'Big Rock', 'Mister O' e 'Pacote Completo' e estará aqui para a Bienal e mais um pequeno tour em algumas cidades!

Vem conferir de perto a capa e a tradução da sinopse!

Lembrando o esqueminha básico das traduções de cada dia do blog: se for reproduzir a tradução em algum lugar, não deixe de dar os créditos ao blog!

Eu vou falar o seguinte do Christian — ele deixou uma bela de uma primeira impressão. A primeira vez que o vi, ele estava fazedo ioga nu numa doca particular na beira do canal. Suas joias reais eram muito mais interessantes do que eu já tinha visto no tour de barco, então eu fiz o que qualquer mulher curiosa faria — tirei uma foto dele. Eu devo ter olhado para o clique uma dezena de vezes. Eu mal sabia que o encontraria de novo, um ano depois, no jardim secreto de um bar no coração da cidade, onde eu compreendi que a sua mente e sua boca eram ainda mais cativantes. Mas levando em consideração o quão machucado meu coração já tinha sido, eu queria um acordo simples — Sem amarras. Sem expectativas.

Nosso acordo funcionou bem o bastante até o dia que eu precisei muito mais dele...

***

Deixe-me dizer uma coisa, essa história de amante de meio período foi ideia dela. Eu estava completamente dentro desde o começo, mas ei, quando uma mulher brilhante e maravilhosa convida você para a cama dela, apenas para a cama dela... Bem, você diz sim.

Mas então, um telefonema histérico do meu irmão, implorando para que eu encontrasse uma esposa para que os negócios do nosso avô permanecessem na família, e eu preciso de uma promoção com a Elise. Parece que um marido em tempo integral também cai bem para ela, e um casamento de conveniência temporário fará seu truque, até que possamos desfazer o acordo...

Contanto que ninguém descubra...
Contanto que ninguém se machuque...
Contanto que ninguém se apaixone...

Mas o nosso fim era algo que eu não imaginava.

Trecho 1:

~Elise~

Um ano atrás

O barco avança por baixo de outra ponte e segue por uma área mais residencial, passando por casas flutuantes e docas privativas a poucos metros de distância umas das outras. Meus olhos se banqueteiam com a visão. Paris, meu lar atual, é meu amor, mas aceitaria bem contente finais de semana em Copenhague. É uma maravilhosa mistura de antigo com novo, como uma cidadezinha suíça com arranha-céus de cidade grande.

Enquanto olho para as casas banhadas pelo sol, imagino como seriam tardes preguiçosas bebendo um café forte no deck, lendo livros deliciosos sob o sol. Isso tudo soa como uma receita para a felicidade para o resto da minha vida.

Quero me sentir assim. Feliz. Tem sido tão ilusório ultimamente, e por um milésimo de segundo, parece que consigo dominar as sensações novamente, então não estou mais oscilando no limite da dor e da vergonha.

Mas é por isso que estou aqui, para superar o terrível dueto.

Tento valentemente apenas aproveitar tudo o que está à minha frente: os prédios, a água, a vista.

Enquanto deslizamos pela água, eu pisco para a visão.

Puta merda, que visão inesperada.

Logo mais a frente tem uma doca particular.

Na doca tem um homem.

Ele está fazendo uma pose de ioga chamada "encarando o cão", e com a parte de trás virada para nós.

Que bunda espetacular.

Não está coberta com calça de moletom ou bermuda esportiva.

Está ao natural, tão finamente esculpida como a estátua de Davi.

E ele está dando um show naquela posição.

Me ergo.

Quase fico de pé. Me inclino para a beira do barco, curiosa. Não vou nem fingir que não estou olhando. O estou comendo com os olhos.

Os amigos japoneses sussurram e apontam. Um casal se aproxima para ter uma visão melhor. As meninas universitárias soltam gritinhos e riem.

Continuamos a deslizar na água calma, e agora estamos a poucos metros de uma visão melhor da que tivemos da estátua da Pequena Sereia, mais magnífica do que um palácio real.

Ele se inclina, pressionando as mãos na madeira, levantando as pernas, e as colocando para cima.

Completamente. Pelado. Como veio ao mundo.

Ele é um refresco para os olhos, e eu estou morrendo de sede.

"Olhe," sussurro para Veronica, embora ela já estivesse completamente voltada para a bela peça de arte. "Você sabia que o Peladão da Ioga de Copenhague estava fazendo apresentações?"

Ela suspira em contentamento. "Estou tão feliz por você ter que forçado a vir nesse buffet." Ela apoia o queixo nas mãos, observando a bela criatura na posição invertida.

"Minha parte preferida do buffet é a sobremesa," eu falo, enquanto meus olhos absorvem cada centímetro.

O homem fica maravilhoso nu, mesmo naquela posição incomum.

"Gostei dos rubis e esmeraldas no Castelo Rosenborg, mas gosto mais dessas joias que estamos vendo," eu falo.

E ei, talvez eu esteja sendo pervertida, mas sou uma espectadora com visão privilegiada desse show. Eu não olho simplesmente a peça central do seu físico, descansando majestosamente contra os gomos do seu abdome. Meus olhos passeiam contentes pelo corpo esculpido, pela barriga tanquinho, pelas coxas grossas, pelos braços musculosos. Seu rosto é difícil de ver claramente nessa posição de 180 graus, mas consigo ver o desenho das maçãs do rosto, desenhadas pelos anjos.

E então ele se move. Usa as mãos para se mover. Para frente e para trás.

Como se ele realmente estivesse se apresentando.

Mostrando suas habilidades únicas.

Eu solto uma gargalhada.

E uma ainda mais alta quando ele se apoia em apenas uma mão e acena para nós.

"Engraçadinho," Veronica diz.

Lars limpa a garganta. "E algumas vezes, temos visões inesperadas de Copenhague."

Eu faço o que qualquer outro curioso faria. Pego meu celular e tiro uma foto.

E outra.

E mais uma.


O homem volta à se levantar sobre os pés, respira fundo e acena.

Meu peito se aquece. Minha temperatura aumenta absurdamente. Ele é encantador. Meu Deus, ele parece o Skarsgård de longe.

E porque eu acredito que devo falar o que penso, coloco as mãos ao redor da minha boca e grito, "Bravo. Maravilhoso."

Ele tira um chapéu imaginário e se inclina. "O prazer é meu." A voz dele ecoa pela água, com um sotaque britânico.

Faíscas inesperadas correm pelo meu peito. Aquele sotaque é delicioso. "Ah, não. O prazer é todo meu."

Trecho 2:

~Christian~

Um ano atrás

Me encaminho pelo quintal desigual em direção a minha casa, passando pelo meu irmão, Erik, que fica parado na varanda. "Você assustou eles? Admita — eles gritaram de terror, como em um filme de terror."

Golpeio meu braço no ar. "Um barco cheio deles. Lágrimas, gritos de terror. Lamentos."

Ele se encolhe dramaticamente.

"Me dê uma toalha, por favor. Ou você quer continuar admirando o seu irmãozinho muito mais bonito e malhado?"

Erik faz um som de nojo e joga uma toalha da varanda, longe de mim.

Dou de ombros. "Vou para dentro, e você pode dar uma conferida na minha bunda."

"Você pode ter certeza que essa é a última coisa que eu quero."

Seguro na maçaneta da porta de vidro e vou para dentro de uma das minhas casas. Nada se compara a uma casa de frente para o rio. Mas então, é difícil para eu dizer não a um apartamento em Paris. Que bom que eu posso ter os dois.

Pego uma cueca boxer que eu tinha deixado no sofá e a coloco enquanto Erik me segue para dentro.

"Sério. Como foi?"

"Incrivelmente bem. Consegui um encontro para hoje a noite."

"Filho da mãe. Você não deveria conseguir encontros quando você cega os turistas, e especialmente não quando seu amado irmão está com você na cidade por alguns dias." Na maior parte do tempo o Erik fica em Londres, onde fomos criados.

"Com ciúmes?" Pergunto, enquanto vou para a geladeira pegar um copo de água gelada.

Erik flexiona um bíceps, e depois o outro, fazendo uma pose como se fosse o Mr. Olympia. "Consegui muitos encontros com esse físico maravilhoso. Só não ultimamente."

"Isso seria porque você é casado, seu idiota."

Ele abre um sorriso amplo. Erik está tão apaixonado pela esposa, que é quase nojento. Ele poderia ser o perfeito modelo de um pôster de homem-que-fica-de-quatro-por-uma-mulher. Isso não é algo que eu possa dizer de todos os homens da minha família.

"Estou como o vovô, tão feliz quanto calmo."

Levanto uma sobrancelha. "E quem é que disse que os calmos são felizes? Tem algum estudo que comprove? Assumimos que eles sejam raios de sol, mas como sabemos disso?"

Ele coça o queixo. "Boa pergunta."

"Aposto que eles não estão nem um pouco felizes. Aposto que ele sente é nada. É isso o que é sentir felicidade? Nada?"

Ele suspira. "Estamos filosóficos hoje, hein?"

"Talvez. Acontece de vez em quando." Bebo um gole de água. "Mas o que se pode fazer? Algumas vezes pensamentos profundos aparecem na minha cabeça, e eu não posso evitar."

"Melhor tirar eles da cabeça se você quer ter um encontro hoje de noite."

"Talvez ela goste de pensadores," sugiro.

"Então, quem é ela? Vocês trocaram números na doca? Ou você, sei lá, fez mímica com o seu negócio balançando na brisa?"

"Sim. Eu consigo me comunicar em código morse usando meu pau."

"Que habilidade útil," ele ri.

"Fizemos da maneira antiga. Escolhemos um local e horário para nos encontrarmos."

Ele levanta o queixo. "E por que ela? De todas as mulheres que você já cegou, não chamou nenhuma para sair antes. Não que você teria me dito de qualquer maneira."

Deixo meu cérebro relembrar da pequena morena com grandes óculos escuros que me devorava descaradamente do barco. Ela era linda, isso era certo, mesmo a alguns metros de distância.

Mas apenas linda não era o suficiente. Beleza é um bônus. Namorei com mulheres que não eram lindas, mas eram espirituosas, inteligentes, e me faziam flutuar. Eu gostava dessas qualidades tanto quanto. Talvez mais. Mas não sou avesso à beleza.

Obviamente.

"Ela foi corajosa. Gritou bravo. Ela disse mais alto do que qualquer outra pessoa."

"Então ela conhece código morse."

"Ela é bem-vinda ao código morse em qualquer dia. Pensando nisso, ela até pode me tratar como uma fruta no mercado."

Erik ri. "Em alguns países, eles não deixam você tocar na fruta."

Gesticulo para o meu corpo, do peito para baixo. "No belo país das Terras de Christian, é altamente encorajado que corajosas morenas toquem na fruta."


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Espero que tenham gostado, e lembrem de dar os devidos créditos ao blog se forem reproduzir o texto em algum lugar.

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