Kimberly Knight - B&S 04 - Tudo Por Nós {Prólogo + 1o Capítulo}


Olá pessoas!

Se vocês acompanham o blog no Facebook, vocês viram que por esses tempos foi feito um post com a divulgação de um novo livro da série B&S que está sendo publicado de forma independente, ou seja, sem editora.

Para os fãs da série, este post é um presentinho para vocês: que tal ler o prólogo e o primeiro capítulo em primeira mão?!

Vem conferir!

Sinopse:
Tudo começou com um olhar...
Que levou a uma dança entusiasmada e sensual...
Brandon e Spencer superaram muitos obstáculos no decorrer do relacionamento, incluindo uma ex-namorada louca e um colega de faculdade vingativo. Agora começa uma nova aventura.
A maternidade.
Quando Brandon volta ao trabalho, Spencer se sente oprimida e com medo de não ser uma boa mãe para Kyle. Ele sabe, no fundo do coração, que ela será perfeita assim como tem sido uma esposa exemplar, mas não sabe como livrá-la dessa angústia.
Como Spencer superará a depressão para lutar por sua família? E o que acontecerá quando Brandon suspeitar de que a busca de vingança do seu passado ainda não acabou?

PRÓLOGO

Spencer

Enquanto meu filhinho dormia eu o olhava admirada. Ele era uma parte minha e do Brandon – um presente de Deus para nós dois. E ele era perfeito. Dez dedos nos pés e nas mãos e enormes olhos castanhos como os meus e os do Brandon.

No instante em que nasceu, eu me apaixonei. Foi imediato e genuíno nunca tinha experimentado tal alegria até o nascimento dele. Eu tinha um marido deslumbrante e agora um filhinho lindo. Todos os meus sonhos estavam se realizando.

Presumi que estava preparada para a maternidade. Li todos os livros de bebês e presenciei minhas amigas cuidando e educando os próprios filhos.

Becca e Ryan foram fantásticas com Jason Jr e Abby. Pareciam ter tudo sob controle. Becca estava conciliando a maternidade como trabalho na Better Keep Jogging Baby no meu lugar e Ryan às vezes se virava sozinha quando Max precisava trabalhar até mais tarde no próprio escritório de advocacia. Elas nunca me disseram o quão difícil era ou se estavam assustadas. Eu só estava em casa com Kyle há um dia e já estava estressada. Manter o ritmo da amamentação e trocar fraldas era difícil. Embora meus pais e Brandon estivessem por perto, eu queria fazer tudo sozinha, mas estava cansada e apavorada.

Pensei que estivesse pronta para ser mãe. Passamos nove esses nos preparando para a chegada Kyle. Eu estava pronta. Estava totalmente preparada.

Mas não estava.

Estava enlouquecendo.


CAPÍTULO UM

Spencer

— Você está bem? — Brandon perguntou ao me dar um beijo no ombro, nós dois olhando para o nosso bebê de apenas três dias.

Agora éramos responsáveis por uma vida, uma que nós dois fizemos, e não era o Niner, nosso Golden Retriever, que poderíamos deixar no quintal quando precisávamos correr até alguma loja ou qualquer outro lugar. Não, era o Kyle, um lindo menininho com mãos e pés perfeitos, que me dava vontade de morder, e o cheiro da pele tão gostoso, que se eu pudesse, engarrafava a essência para nunca mais esquecer e o sorriso – para minha maior felicidade – igual ao do pai, que era de fazer parar o coração.

Fiquei olhando para o Kyle enquanto falava.

— Ainda não consigo acreditar, sabe?

— Eu sei — ele suspirou. — É inacreditável mesmo.

Assenti, sem conseguir falar.

Tínhamos criado outro ser humano e eu tinha tudo o que sempre quis na vida: o marido perfeito, o trabalho perfeito, a casa perfeita e, agora, o filho perfeito. Nós lutamos muito para chegar até esse ponto porque, desesperadamente, o passado de Brandon tentou nos separar.

Christy, ex-namorada dele, tentou me matar porque o queria de volta. Então Trev – cujo nome real era Michael e o amigo, Matt, que eu conhecia como Colin – me sequestraram e pediram resgate. Michael sentia ódio de Brandon pelo que aconteceu na faculdade entre eles e nunca superou, e quando soube que Brandon estava comprando sua academia, falida, em Seattle, decidiu ir atrás de mim para conseguir dinheiro.

Agora os três estavam na prisão e nós dois estávamos vivendo nossas vidas em paz. Passar por tudo o que passamos só nos fortaleceu e agora tínhamos tudo o que queríamos da vida.

E eu estava morrendo de medo.

Passei os braços em volta da cintura de Brandon, sem dizer nada. Só queria superar esse medo enquanto observava Kyle dormindo.

Todos, exceto minha mãe e meu pai, tinham ido para casa. Eles estavam dormindo no outro quarto e eu sabia que eles ficariam para me ajudar em vez de voltar para Los Angeles. Os pais do Brandon também nos ajudariam se tivéssemos pedido. Ambos criaram dois filhos e, embora Blake e minha irmã ainda estivessem tentando descobrir o que fazer da vida, Brandon e eu nos saímos bem e eu sabia que nossos pais nos dariam bons conselhos.

— Vamos descansar um pouco enquanto podemos — Brandon falou depois de alguns minutos. Ele segurou minha mão e me levou para a cama, a poucos centímetros de distância do berço.

Nós nos arrumamos debaixo da coberta, eu de frente a Kyle e Brandon atrás de mim. Senti falta da sensação de tê-lo abraçando meu corpo quando eu estava no hospital. Ele era meu salvador, meu protetor.

Observando meu filho, lentamente fui fechando os olhos, finalmente me rendendo ao sono.

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Eu tinha certeza de que tinha acabado de dormir quando ouvi o som estridente do choro de Kyle.

— Eu vou buscá-lo.

Antes que eu pudesse me mover, Brandon estava fora da cama e caminhando em direção ao berço.

— Obrigada. — Bocejei enquanto sentava e me preparava para amamentar.

— Duas horas de sono, nada mau.

Dei um risinho sarcástico.

— Tá de brincadeira, né?

— Pelo menos, estamos fazendo isso juntos. — Brandon beijou o topo da minha cabeça depois de me entregar o Kyle.

— Amor... E se eu esquecer o que a enfermeira me falou sobre amamentá-lo em excesso? — Olhei para o Kyle chorando em meus braços e, de repente, senti medo de falhar.

— Caso aconteça, provavelmente ele dormirá mais de duas horas. — Ele sorriu.

Essa não era a resposta que eu esperava ouvir. Minha preocupação era de ser uma péssima mãe e fazer tudo errado.

— Vai ficar tudo bem, baby — continuou ele —, alimente-o até achar que é suficiente. Vou colocá-lo na cama e voltamos a dormir. Se em algumas horas você continuar preocupada, podemos perguntar a sua mãe.

Todo mundo falava que após o nascimento do bebê, não conseguiríamos dormir muito, e eles estavam certos. Eu estava cansada – exausta. Queria dormir. Queria dormir por dias, mas depois de colocarmos Kyle de volta no berço, e Brandon começar a roncar levemente ao meu lado, eu não dormi. Fiquei bem acordada, meu cérebro se recusando a desligar, enquanto me lembrava de tudo o que li e que poderia dar errado com meu filho. Agora que eu não tinha mais uma enfermeira para me ajudar, ou um médico para salvar o Kyle, eu estava apavorada de que ele pudesse parar de respirar.

Levantei da cama e me aproximei do berço para pressionar levemente a mão no estômago dele para senti-lo respirar. Um segundo depois, senti a barriguinha subir e descer e respeitei aliviada.

Voltei para a cama dizendo a mim mesma que Kyle ficaria bem e que eu deveria dormir um pouco antes de acordar para a próxima mamada. Mas, de novo, não consegui pregar os olhos e fiquei olhando para o teto, ouvindo qualquer som vindo dele. Meu coração estava disparado.

As horas pareciam voar, mas cada vez que eu olhava para o relógio ao lado de Brandon na cama, apenas alguns minutos tinham se passado. Meia hora depois, voltei a levantar e coloquei novamente a mão na barriguinha dele. Ele ainda estava respirando.

Quando virei para voltar para a cama, Brandon virou e esticou o braço para o meu lado na cama.

— Spencer? — Ele sentou, me procurando pelo quarto.

— Estou aqui.

— Está tudo bem?

Eu deveria ter dito que não. Que não estava tudo bem. Que não podia fazer isso. Que não conseguia ser mãe. Que não conseguiria passar uma noite sem surtar. Que ninguém me disse que seria tão difícil. Mas eu não queria preocupar o Brandon. Ele precisava dormir. Ele precisava ser o pilar. Ele era protetor e, se alguma coisa me acontecesse, ele poderia proteger o Kyle.

Então eu menti.

— Fui ao banheiro. — Deitei na cama e em seus braços.

Ele me puxou para perto, beijando a parte de trás do meu pescoço.

— Ele deve acordar em breve. Vamos fazer como da última vez e, novamente, dormir mais algumas horas.

Assenti com a cabeça e esperei, sem voltar a dormir. Minha cabeça ainda estava a mil com tudo o que poderia dar errado com Kyle. A manta poderia asfixiá-lo? Seria possível ele virar de bruços? E se ele sentisse muito calor? E se fosse algo que não tivéssemos conhecimento, uma infecção, algo genético, algo com seu coração...?

Todos os cenários possíveis passavam pela minha cabeça quando eu estava deitada. Quando ouvi Kyle começar a chorar, saí o mais rápido possível dos braços de Brandon, sem acordá-lo.

— Shh, mamãe está aqui — murmurei ao pegá-lo.

Rapidamente fui para a cadeira de balanço no canto do quarto, perto do berço, espiando o Brandon. Ele não se mexeu, o que me deixou grata. Eu estava esgotada, sem forças e preocupada em não ser uma boa mãe, mas eu ia tentar.

Depois de cuidar de Kyle, o coloquei de volta no berço. No hospital havia luzes e eu conseguia vê-lo, mas meu quarto era escuro como breu. Não queria acender a luz e acordar o Brandon porque sabia que ele também estava cansado. Então fui até o closet, abri um pouco a porta e acendi a luz. Depois puxei o berço, que era de rodinhas, para perto da minha cadeira de balanço e observei Kyle enquanto dormia.

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Kyle começou a chorar e acordei em um sobressalto...

Na minha cama?

Como?


Levantei para buscá-lo, mas Brandon saiu do banheiro.

— Eu o peguei.

Sorri e corri de volta para cama e sentei encostada na cabeceira.

— Obrigada.

— Você não me acordou na última mamada.

Olhei para ele.

— Você precisava dormir.

— Nós vamos fazer isso juntos. É por isso que o berço está no nosso quarto, amor.

— Eu sei. — Suspirei. — Eu estava acordada quando ele começou a chorar...

— E você adormeceu na cadeira de balanço.

— Eu o estava vendo dormir e devo ter adormecido. — Eu não tinha o costume de mentir para o Brandon. Ele era meu melhor amigo. Mas isso... Eu não podia lhe dizer como estava me sentindo. Nem eu sabia ao certo o que estava sentindo. Só sabia que estava confusa. Num minuto eu estava assustada e preocupada em ser mãe, no seguinte, me sentia como se tivesse tudo sob controle.

— Me acorde da próxima vez. Eu quero te ajudar.

Assenti com a cabeça enquanto ele me entregava o Kyle.

— Obrigada por me colocar na cama.

Ele riu.

— Você quase não dormiu nela. Vou dar uma volta com o Niner e depois preparo o café da manhã.

— Boa ideia.

Ele me deu um beijo casto e depois beijou a cabeça de Kyle antes de sair do quarto.

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Enquanto Brandon e meu pai levaram Niner para uma caminhada, minha mãe e eu ficamos em casa com Kyle. Se alguém pudesse me esclarecer o que eu estava sentindo, seria ela. Ela tinha passado duas vezes por primeiras noites sozinha em casa, quando minha irmã mais velha, Stephanie, e eu, nascemos. Então eu sabia que ela me falaria se o que eu estava sentindo era normal ou não.

— Quantas vezes Kyle acordou de madrugada?

Olhei para ela do outro lado da sala.

— Três.

Ela sorriu.

— Isso é ótimo para a primeira noite.

— Sim, mas não consegui dormir. Fiquei pensando que ele poderia parar de respirar.

— Oh, querida. — Ela levantou e veio sentar do meu lado, acariciando minha perna. — Você é mãe de primeira viagem e é responsável pelo cuidado de outra pessoa. Claro que você vai sentir medos.

— Mas eu fiquei assistindo-o dormir por quase toda noite. Isso é normal? — Olhei para Kyle enquanto dormia em meus braços.

— Eu fiz isso com sua irmã.

Olhei espantada para ela.

— Fez?

Ela assentiu.

— Ser mãe de primeira viagem não é fácil. É um processo de aprendizado e não tem como saber de tudo só porque você leu bastante a respeito. Você vai se preocupar, ter medos e algumas coisas vão dar errado... — Fiquei tensa com as palavras dela. Eu não queria que nada desse errado. — Mas você tem o Brandon e seus amigos, e estou apenas a um telefonema de distância. Se você quiser, posso ficar mais alguns dias.

Balancei a cabeça.

— Não, o pai precisa voltar ao trabalho. Nós vamos ficar bem. — Ela estava certa. Nós fomos o último de nossos amigos a ter o primeiro filho, então se alguma coisa acontecesse, eu sabia que eles nos ajudariam.

— Vou sentir saudade de vocês. — Ela acariciou a cabecinha careca de Kyle.

— Eu sei. Nós também vamos sentir sua falta.


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