Kristin Harte - Payback {Capítulo 1 + Tradução}


Hoje trouxe a tradução do primeiro capítulo de 'Payback'! 

A versão original do trecho foi liberado pela autora Kristin Harte e já dá para se ter uma noção da pegada do livro...

Vem conferir de perto a capa, sinopse e primeiro capítulo!

Lembrando o esqueminha básico das traduções de cada dia do blog: se for reproduzir a tradução em algum lugar, não deixe de dar os créditos ao blog!

Sinopse:
"Em Justice, Colorado, os Kennards são donos de tudo, inclusive da única empresa grande na área. A serralheria deles emprega quase toda a cidade, e os irmãos Kennard vêm de uma longa linhagem que tem como preocupação manter seus vizinhos e empregados seguros—até que um clube de motociclistas chega na cidade e começa a causar problemas. Muitos problemas. Dos tipos que terminam em funerais.
Ele carrega o peso de proteger a cidade toda.
Sendo o mais velho dos irmãos Kennard, tenho que manter as promessas feitas pelas gerações passadas—cuidar dos negócios da família para que gerasse emprego aos moradores da cidade e cuidar para manter a segurança que eles só encontravam em Justice. Quando um clube de motociclistas estilhaça a segurança, farei de tudo para fazê-los entender que escolheram a cidade errada como alvo. Como ex-Boina Verde, eu sei exatamente como sabotar um inimigo. O único ponto fraco na minha armadura é a minha obsessão com uma baixinha que desconhece ter meu coração em suas mãos. Minha atração por ela poderia custar minha vida, mas eu sacrificaria tudo para salvar a dela.
Ela tinha uma dívida que poderia custar sua vida.
Passei três anos me escondendo em Justice em agando uma dívida aos Soul Suckers, uma que eles decidiram vir cobrar eu estando pronta para pagar ou não. Quando o perigo bate à minha porta, um homem vem em minha ajuda. Alder Kennard—ex-soldado das Forças Especiais e atual objeto de todas as minhas fantasias. Mas os Soul Suckers não deixarão a dívida passar batida, e com o valor da minha cabeça aumentando todo dia, é apenas uma questão de tempo até que eles consigam me pega. Alder colocaria sua vida em risco para salvar a minha, e isso é algo que eu simplesmente não posso deixar acontecer.
Todos têm dívidas a pagar, e a única moeda que me deixaram, é o meu corpo. Então quando a hora chegar, trocarei minha vida pela dele."
Capítulo 1:
"Nós temos um problema, chefe."
Se eu já não estivesse de mau humor, essas palavras teriam me deixado rapidinho. "O que é agora?"
"Uma gangue de motociclistas está no Widow's Ridge" Camden Reese—nascido e criado em Justice, amigo do meu irmão mais novo, e ex-sargento da Marinha—jogou a bomba sobre a sua equipe encontrar alguns motociclistas perto da propriedade de Hansen. Recentemente tínhamos assinado um contrato com a senhora Hansen para tirar oitenta acres de madeira Ponderosa naquela colina, então qualquer coisa que estivesse no nosso caminho definitivamente era um problema. Um grande problema.
Enquanto Camden continuava falando sobre os eventos, chequei as imagens da área via satélite na minha mesa, fazendo anotações e marcando lugares. Uma estrela na casa a oeste onde a velha senhora Hansen ainda vivia, outra a leste no caminho de terra onde ficava o trailer, sozinho. As únicas duas residências naquele trecho longo e difícil que ia para o lado oeste.
Aquele pedaço rochoso de terra ficava logo depois dos limites da cidade, então coisas como manutenção de estrada eram esquecidas a menos que os dois moradores levassem essas questões ao meu conhecimento. Nenhum motociclista iria intencionalmente ir para aqueles lados sem alguma razão—o caminho difícil poderia estragar as motos e corpos se eles estivessem fugindo de alguém.
"Ele tentou chamar o Finn pra briga, mas eu aplaquei antes de começar." Camden disse, chamando toda a minha atenção nesse momento. Finn—meu segundo irmão mais novo, um dos gêmeos, e o único Kennard a passar um tempo preso. Ele também estava era um viciado em recuperação, e eu jurei ao meu pai que o manteria limpo e não o deixaria recair. Isso foi há dez anos, e ainda me preocupo em manter a promessa todos os dias.
"O que diabos Finn estava fazendo ali?" Meu irmão não trabalha para mim exceto em projetos ocasionais, e eu tinha certeza que ele não fora atribuído para o trabalho na terra de Hansen.
"Ele estava de carona comigo checando a senhora Hansen. Nós nem chegamos lá, porque demos de cara com os motociclistas no caminho. Um cara disse alguma merda sobre os dias antigos de Finn, como sentiam falta dele no clube de strip em Rock Falls."
Jesus. "Você conseguiu um nome?"
"No colete dele dizia Spark."
"Spark." Me recostei, balançando minha cadeira em duas pernas."Como uma faísca?"
Camden piscou e um sorriso presunçoso apareceu em seu rosto. "É, como uma faísca. Não vi o nome do outro cara."
"Então Spark conhece Finn de quê... dez, doze anos atrás? Ele pareceu familiar para você?"
Cam balançou a cabeça. "Nunca o vi na cidade."
Isso chamou minha atenção. Justice era uma cidade pequena que ficava bem no meio mas ao mesmo tempo longe de duas cidades maiores, bem no meio do nada. Ninguém aparecia do nada em Justice—as pessoas vinham por uma razão.
E se essa razão era Finn Kennard, precisávamos lidar e despachar Spark e seu amigo rapidamente. "Como que o meu irmão lidou com a situação?"
"Finn ignorou a merda vindo de Spark. Não precisaram me segurar."
Não me surpreendo. Cam sempre teve um temperamento forte. "Se o xerife for chamado novamente, você—"
Cam balançou a mão me cortando. "Dei uma rasteira e botei cara para comer terra. Acho que nem ficou a marca. Mas deixei claro meu ponto."
"E qual era o seu ponto?" Não que eu precisasse perguntar.
"Que Kennard Mills faria a extração da madeira naquele lado da colina, e que era melhor que o clube deles não trouxesse problemas. Eles foram embora depois que Spark se levantou, o outro cara disse algo sobre um peixe grande." Camden franziu a testa. "Eu reconheci o outro cara."
"Local?" Não conseguia pensar em ninguém de Justice que fosse parte desse tipo de clube, mas posso ter esquecido de alguém. Mais de trezentas pessoas era muito para manter um controle.
"Não. Ele estava na parada de caminhões ontem de noite quando eu e a Leah fomos jantar." Ele soltou a respiração e mudou o peso do corpo de uma perna para a outra. Um gesto quase inconsciente, mas que deixava transparecer que estava pensando. Normalmente sempre confiante, Cam de repente parecia nervoso, o que significava que eu não iria gostar do que ele estava prestes a dizer.
"Sim?" Incitei, imaginando como uma saída com a esposa poderia me irritar.
"Leah notou algo errado quando foi ao banheiro e voltou para me chamar. Um imbecil tinha encurralado Shye num canto do corredor e não a estava deixando passar."
O barulho do lápis que eu estava segurando partindo em dois poderia ser também o barulho de um tiro. "E você deixou ele ir embora?"
"Eu tinha a Leah e a Shye para cuidar. Tive que deixar."
Imaginando a pequena e perfeita Shye—ao menos dez anos mais nova do que eu e malditamente doce, cada um de seus sorrisos daria inveja aos outros—observando enquanto eu descia a mão em algum imbecil era tão desagradável quanto horrível. Provavelmente eu iria querer fazer o mesmo que Camden e deixar o cara ir embora com um aviso caso eu estivesse lá. Não seria necessário, mas eu iria querer. Porque eu queria ela, e a ideia de Shye com medo de mim queimava meu estômago como se fosse um ácido.
Eu precisava parar de pensar em Shye Anderson. Agora já era tarde, o que estava correlacionado diretamente ao motivo do meu humor estar tão ruim o dia todo.
Suspirei, esfreguei a testa e sentei direito na cadeira, colocando as quatro pernas de volta no chão. "Tudo bem. Então eles foram embora depois que você nocauteou Spark. Alguma indicação de que eles voltaria para incomodar você ou ir atrás de Finn?"
Ele deu de ombros. "Não, embora você nunca saiba o que esse tipo de cara vai fazer."
Foras da lei, andavam em bando e arrogantes. Sim. Nada sobre eles era previsível. "Você reconheceu o logo do clube?"
"Definitivamente são Soul Suckers."
Claro. Tinha escutado que eles abriram uma casa noturna não muito longe do condado a oeste. Provavelmente eu não teria pensado duas vezes se tivesse visto as motos na rodovia passando pela cidade ou pelo restaurante na rua principal. Mas agora notaria.
"Pode ser que esteja na hora de deixar claro ao clube o que eles podem ou não fazer quando estão em Justice. Vou falar com Deacon, ver se ele conhece alguém. Vá de novo lá para cima, e vá ao local nas terras da Hansen para que possamos começar a levar as coisas para lá e mercas as árvores. Essa pode ser a nossa última grande derrubada antes das chuvas, e quero tirar vantagem do clima do verão enquanto ainda está bom."
"É pra já."
"Bom. E se você ver o Bishop, peça para ele me ligar."
Camden assentiu, então saiu sem dizer outra palavra, me deixando cozinhando com essa nova bagunça.
Parecia que ultimamente essas bagunças estavam em todos os lugares.
Olhei novamente para as imagens de satélite, traçando as ruas e caminhos de terra que eu conhecia a minha vida toda. Os acres de pinos de Widow's Ridge me encararam, uma mancha marrom e um panorama verde. Metade das árvores estavam mortas ou morrendo, um sinal de infestação de besouros da montanha que tinha praticamente falido meu falecido pai e destruído as fábricas Kennard. Mas o inseto que quase tinha nos matado acabou nos deixando com mais empregos e dinheiro. As secas não tinham parado essa fábrica, nem a indústria em colapso, e a maldita praga de besouros que matava as florestas ao nosso redor, na verdade tinha sido uma bênção em vez de uma sentença de morte. Todos em Justice tinham recebido bônus batendo nossas metas de vendas todos os meses, e nenhum maldito motociclista iria nos fazer mudar isso. Eu tinha uma cidade para empregar.
Mas Justice, Colorado, era mais do que uma cidade para mim—era minha responsabilidade. O local onde meus antepassados tinham escolhido. Onde eles cuidaram de cada morador no decorrer dos anos, dando às famílias tempo para crescer e firmar raízes. Os homens Kennard tinham dirigido Justice como sua própria casa por quase dois séculos tendo a fábrica como negócio central alimentando todo o resto, e eu vivia como aquele legado construído antes de mim como o Kennard mais velho, vivo. Isso significava ter certeza de que as pessoas tinham trabalho, comida, abrigo, e que se sentissem seguras. Outra coisa que os motociclistas não iriam tirara de nós, mesmo que tentassem.
Um som irritante e robótico interrompeu meus pensamentos. As palavras "Bishop Kennard"—nome do meu irmão mais próximo, quem também era meu diretor de vendas e marketing—apareceu na tela do meu telefone enquanto tocava aquela música idiota de novo. Deslizei o dedo sobre a tela para atender e aproximei o aparelho ao meu ouvido.
"Bishop"
"Camden disse que você queria falar comigo." Ele disse, sem se incomodar em cumprimentar.
"Tivemos problemas no Widow's Ridge"
"Eu sou. Finn está bem?" Porque, como o segundo irmão Kennard mais velho, nossa família seria a primeira coisa na cabeça de Bishop. Como deveria ser.
"Camden acha que sim. Embora eu ache que deveríamos passar pelo bar hoje de noite para ter certeza. E vou precisar que você dê uma olhada na senhora Hansen—se certifique de que ela está bem por lá."
"Ok. Ligarei assim que terminar. Algo mais?"
"Venda alguma maldita madeira, Bishop."
"Com certeza, chefe. Estarei pronto para ir às seis."
Joguei o telefone de volta na minha mesa, os mapas chamando minha atenção novamente. Um local em particular, na verdade, e não era o que pertencia à senhora Hansen. Passei o dedo sobre o lado leste da colina, circulando o pequeno trailer numa área rochosa. Fora dos limites da cidade, tecnicamente estava fora da minha área de proteção, mas Shye Anderson vivia naquele trailer. Ainda era a garota nova na cidade apesar de ter se mudado para a área à três anos, trabalhava como garçonete na parada de caminhões em Rock Falls, e era a única mulher que eu conheci que poderia me deixar louco de frustração e desejo ao mesmo tempo.
Eu estava super ciente de Shye desde que a vi pela primeira vez. Levemente obcecado, na verdade. A garota me cativou; roubou toda a minha atenção com seu sorriso doce e nunca mais devolveu. Não doía que ela se parecesse como um maldito anjo—cabelos longos e loiros e olhos grandes e escuros, um corpo pequeno e delicado que me fazia querer tocá-la mais do que tudo. Ela era doce como o mel, mas era a personificação do seu nome. Ela corava e gaguejava perto de mim, evitava meus olhos quando eu tentava ver seu olhar. Se eu pressionava muito, ela corria, então eu me segurava. Me mostrei disponível mas esperei que ela viesse até mim.
E é assim que eu acabei comendo na parada de caminhões cinco noites por semana—todas as vezes nos turnos da Shye. Tive que aumentar a musculação para não deixar as gordurinhas de todas aquelas frituras e massas assentarem, mas ver aquele sorriso todas as noites valia a pena. O café—cara, aquilo era difícil de engolir. Como um restaurante podia ter um café tão ruim—especialmente um que era uma parada para caminhoneiros—estava além da minha compreensão. Tomei xícara atrás de xícara só para que ela viesse à minha mesa mais vezes para repor a bebida. Sem o café, eu não tinha muito tempo com Shye, então eu fazia esse sacrifício.
E quando eu trabalhava? Mandava meu pessoal lá. Shye não tinha família em Justice, então eu fiz que todos entendessem que era para tratá-la como tratariam um Kennard. Fazer meus homens ver que ela era minha os deixava cuidadosos perto dela. Inferno, paguei Bishop para almoçar lá só para que ele pudesse manter um olho nela, e todos da minha equipe iam lá pelo menos uma vez por dia se eu precisasse ir para fora da cidade. Eles tiravam com a minha cara incansavelmente por persegui-la como um filhotinho de cachorro, mas eu não ligava. Eu precisava saber que ela estava feliz e em segurança. Que ela tivesse tudo o que precisava... mesmo que ela ainda não estivesse pronta para aceitar de boa vontade coisas de mim. Nós chegaríamos lá. Esperei três anos para ela se aproximar, e ela iria. Eventualmente. Eu só tinha que descobrir o plano certo.
Enquanto eu pensava em uma certa loira de sorrisos doces, e quantas vezes eu poderia usar a desculpa de trabalhar na montanha para parar e vê-la em casa, meu telefone tocou novamente—Camden, dessa vez.
Deslizei o dedo sobre a tela para atender e coloquei no viva-voz. "Se você me disser que temos outro problema, vou jogar uma granada na sua caminhonete."
"Então eu não deveria dizer que temos fogo na montanha?"
Filho da puta. O problema com a retirada da madeira azulada deixada como resultado da infestação de besouro da montanha era que as árvores precisavam se curar durante um período de tempo. Mas árvores mortas significavam árvores secas, e com as secas dos últimos anos e com os invernos moderados que tivemos, significavam problemas. Um único raio poderia transformar tudo num inferno, enquanto um incêndio florestal poderia destruir a cidade toda.
E aparentemente, nós tínhamos que lidar com um.
"Onde?" Peguei minhas chaves e liguei o alarme para chamar a atenção da equipe.
"Na encosta leste. Logo depois da propriedade da senhora Hansen."
Meus passos falharam e depois aceleraram. "Isso é perto da casa da Shye."
Um motor rosnou ao fundo. "Já estou à caminho de lá. Só dois minutos."
Ela poderia estar machucada em dois minutos. Morta. Puta merda, eu estava tão longe. "Dirija mais rápido."
Desliguei o telefone e desci para o térreo da fábrica. Minha equipe já estava pronta, olhando para mim, esperando, prontos para combater os incêndios que sabíamos que poderiam arruinar tudo o que tínhamos construído aqui.
"Fogo à leste da propriedade Hansen. Vamos pegar dois caminhões pipa no lado leste da montanha e mandar um para o lado oeste, só para ter certeza." Encontrei o olhar de Gage Shepherd, ex-Navy SEAL assim como Bishop e atual engenheiro mecânico das fábricas Kennard. "É perto da casa da Shye."
Sem qualquer outra palavra, Gage começou a dar ordens para a equipe. Ele entendeu a seriedade da situação de todos os ângulos—a perda do nosso produto, a potencial destruição na cidade, e a possibilidade de que a mulher em quem eu estava de olho pudesse estar em perigo. Ele cuidaria de tudo para mim.
Enquanto Gage enchia os caminhões pipa com tanques de oxigênio e equipamento médico—algo que fazia meu estômago pesar—seu cachorro Rex trotava atrás dele, parecendo que estava indo para um passeio em vez de um incêndio. Não seria a primeira vez que ele estaria num local incendiado. Gage nunca ia a lugar algum sem Rex.
Enquanto Gage se certificava de que a equipe soubesse onde ir e o que fazer, corri para a minha caminhonete. Meu coração esmurrava meu peito enquanto eu dava partida no motor e saía com o veículo, indo para a montanha onde a fumaça estava começando a escurecer o céu na linha das árvores. Porra, se Shye estivesse lá em cima, se ela se machucasse—
Eu não consegui terminar meu pensamento porque, meu celular tocou bem na hora que eu entrava na rodovia que levava à montanha. Camden de novo.
"Me dê notícias boas."
"Ela não está aqui." Camden disse, soando levemente sem fôlego. "Embora seja o trailer dela que está pegando fogo."
"Os caminhões pipa estão a caminho."
"Não acho que vá ajudar muito, para ser honesto, mas precisamos deles para as árvores. Está muito seco aqui, uma única fagulha poeria colocar fogo em toda a montanha."
Confirmando meus pensamentos de antes. Porra. Dei um arranque com os pneus, fazendo uma entrada abrupta na estrada que me levava até a casa da Shey, observando toda a madeira morta e marrom na encosta do morro enquanto eu passava pela difícil estrada. "Gage e a equipe estão bem atrás de mim. Estou há quatro minutos daí."
"Quer que eu ligue para o corpo de bombeiros de Rock Falls?"
Não ajudaria em nada nesse ponto e era por isso que a Kennard Mills tinha caminhões pipa. "Não precisa, embora seja melhor você ligar para o xerife."
"Aquele pedaço de merda inútil? Para quê?"
Inútil não seria o termo que eu usaria—corrupto soa melhor para o sherife do condado com quem éramos forçados a lidar. Eu não tinha tempo para corrigir Camden. "Ele vai fazer birra se não for informado. De qualquer maneira, conhecendo a peça, ele não viria até aqui investigar. Apenas faça a ligação."
"Ok, entendi... Espera aí." Vozes gritavam ao fundo, e o som de Camden se movendo rapidamente criou uma estática na linha. 
"Cam?"
"Nós temos um problema."
A frase dita sobre o local onde a minha garota morva me fez querer rosnar de frustração ao universo. "Que porra de problema?"
"Tem rastro de motocicletas na terra ao redor da propriedade dela. Muitos rastros."
Raiva como nunca senti na vida, explodiu no meu peito. "Ligue para o xerife e espalhe a notícia—se alguém ver um maldito Soul Sucker em Justice, que eu seja informado."
Desliguei e joguei meu telefone no banco do carona antes de pegar o retorno mais rápido do que eu deveria. Não que a preocupação que queimava no meu interior tivesse algo a ver comigo—Shye era a dona dessa dor.
Shye podia não saber, mas ela era minha. Eu faria de tudo para protegê-la. 
E se esse maldito clube de motociclistas tivesse ameaçado minha garota?
Eu iria matá-los e deixar seus corpos para os predadores.
E aí, gostaram?

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Espero que tenham gostado, e lembrem de dar os devidos créditos ao blog se forem reproduzir o texto em algum lugar.

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