Tillie Cole - Raphael {Trecho - Tradução}


Se você achou que a semana estava mais ou menos, espere só para ver o trecho que a Tillie Cole liberou de 'Raphael', seu novo livro que chega logo mais!

Só tenho uma coisa para dizer: o bagulho é mais louco que o Batman!

Confira o trecho traduzido aqui no post! Ah, tenha em mente que é uma série dark, ok?

Lembrando o esqueminha básico das traduções de cada dia do blog: se for reproduzir a tradução em algum lugar, não deixe de dar os créditos ao blog!


Sinopse:
Eles são Os Caídos. Uma irmandade de assassinos cuja natureza os compele a matar. Mas guiados pelo seu líder, Gabriel, os Caídos aprenderam a usar as suas ânsias para livrar o mundo daqueles que não fazem o bem.
Para Raphael, sexo e morte estão entrelaçados. Onde um está, o outro também. Ele é um assassino de luxúria, atrai suas vítimas com o rosto de um anjo e o corpo construído para o pecado.
E Raphael vive para pecar.
Sua nova missão o leva para o submundo sádico dos clubes de sexo secretos de Boston e o coloca cara a cara com a sua maior fantasia em carne e osso.
Maria é tudo o que ele sempre sonhou, a morte pela qual ele sempre esperou. Ela não é o seu alvo, e ele sabe que deve resistir. Mas a tentação é forte demais...
Mas, Raphael não é o único com uma missão. Maria não é exatamente o que parece. E assim que os segredos dos dois se revelam, Maria começa a questionar tudo o que lhe fora ensinado; sobre o mal, sobre o lugar que ela chama de lar, e sobre o belo pecador que ela foi enviada para destruir.

* Este livro é um romance contemporâneo dark. Contém cenas de cunho sexual, violento, sensível, assuntos tabus, linguagem ofensiva e tópicos que podem servir de gatilho. Recomendado para maiores de 18 anos.


 Trecho:

O som da música gregoriana de Gabriel subia a escada sinuosa da Tumba. Raphael passou as pontas dos dedos pelas paredes de pedras acinzentadas. Elas estavam úmidas ao toque, escorregadias como a água parada no lago transbordante lá fora. O musgo verde penetrava através das rachaduras do tijolo, traindo a idade da mansão.


Com cada passo que dava na escuridão, o coração de Raphael dava uma batida mais forte do que a outra. A corda que sempre ficava no seu dedo indicador direito, estava tão apertada que ele podia sentir a pulsação latejando na ponta do seu dedo. Ele se focou no ritmo da batida, no aperto da corda que dava voltas e voltas na sua carne. Um calor de prazer surgiu em seu peito e viajou pelas suas veias até o dedo sufocado, sob uma asfixia hedonista. Era uma negação do sangue, do suprimento que seu dedo precisava para sobreviver, a necessidade... de existir. O lábio de Raphael se estica em um sorriso. Ele sabia que a ponta do seu dedo estaria azulada, faminta pela necessidade de soberviver.

Ele sibilou de prazer quando o fogo que a sua visão inflamou se lançou diretamente no seu pau.

Raphael não se importava se os seus irmãos escutaram o seu gemido, eles estavam presos em suas próprias mentes, na excitação de perseguir a caça, para se importarem... eles nunca se importaram.

Raphael sentiu Michael respirar pesadamente atrás de si, confirmando seu ponto. Ele sabia que Michael estaria acariciando o próprio pescoço com um frasco de sangue quase gozando na sua calça de couro com o pensamento de cravar seus dentes afiados em uma veia e chupar o sangue. Gabriel tinha lhes dito que Michael tinha algo chamado hematolagnia. Ele tinha uma palavra para o que alegava "afligir" a todos.

Nada os afligia.

Gabriel só não entendi a maneira como os seis eram, a maneira como eles tinham que ser. Os seis dos Caídos que não eram nada parecidos com Gabriel. Eles gostavam de matar, precisavam disso tanto quanto precisavam respirar. Não era algo anormal para eles; carne, sangue e choros de dor infligidos pelas suas mãos não lhes causava repulsa, apenas satisfação.

Era simplesmente quem eles eram.

De todos os irmãos, Raphael era o mais próximo de Michael. Mas naquele momento, cada um dos irmãos estava completamente sozinho. A cerimônia de Revelação trouxe a tona o mais profundo egoísmo neles.

A chance de matar os consumiam.

Os controlava.

E Raphael não aceitaria ser de outra maneira.

O pau de Raphael endureceu dentro da calça jeans apenas com o pensamento de presenciar a última respiração de alguém. Com a palma da mão ele tocou a virilha enquanto o sangue corria pelo local, mas a explosão de prazer doloroso que subiu pelas suas costas só fez com que ele gemesse ainda mais alto. A contenção de borracha que ele sempre usava ao redor do pênis constringia sua carne e começava a tensionar, cravando na sua pele enquanto a borracha se rebelava contra a sua crescente ereção. Aquele equipamento BDSM era feito para infligir dor, e cumpria com o prometido: causava dor. Mas Raphael não via isso como uma punição, ele vivia para a dor. Quanto maior a agonia, maior era o prazer que ele sentia. Ele se deliciava com o estrangulamento do seu pênis, saboreava a asfixia da sua ereção que tentava se libertar das restrições da borracha.

O passo de Raphael falhou e suas costas bateram na parede úmida, mal notando sua camiseta ficando molhada enquanto seus olhos permanecia fechados. Tudo no que Raphael podia focar era na constrição incessante e estrangulante. Suas mãos se fecharam em punhos enquanto o fogo consumia seu corpo.

Lembranças da sua última fantasia surgiram em sua mente, deixando-o em êxtase. Ele estava indefeso, não poderia parar nem se tentasse. Mas por que ele? Era o que o inspirava a levantar da cama todos os dias, e aceitar o ar que seus pulmões inalavam. Era pelo que ele tinha esperado por anos, e esperaria a vida toda para capturar. A respiração do Raphael ficou profunda e pesada enquanto ele imaginava a cena: a cama king size, as pétalas de rosas vermelhas espalhadas pela manta de algodão egípcio. E ela, apenas ela, nua, aberta e de costas para ele, a tentação em pessoa. Suas bochechas estariam avermelhadas e seus lábios pintados de um vermelho cereja. Sua pele seria tão suave, sem marcas, olhos claros e fixos em Raphael, observando-o com nada mais do que adoração. Ela seria sua, e ele seria dela. Não haveria ninguém mais para eles. Ela seria a única possessão que ele teria para o resto da vida.

Raphael sabia que suas pupilas estavam dilatadas sob suas pálpebras, seus olhos eram de uma cor estranha entre dourado e castanho, que o diferenciava de todos os outros. Sua maior qualidade, olhos que atraiam suas vítimas, mulheres insignificantes que ele perseguiria por um tempo, seduziria, encantaria, fazendo com que elas acreditassem que ele fosse tudo o que fingia ser... antes de tirar suas vidas, fodê-las enquanto a morte dava boas-vindas às suas almas, gozando dentro dos seus corpos sem vida enquanto testemunhava as últimas batidas dos seus corações e suas últimas respirações sob suas mãos de firmes.

Raphael abriu os olhos quando escutou o sino da igreja ecoar pelas paredes de pedra do porão; o sinal de Gabriel para se prepararem para a Revelação. Enquanto descia os últimos degraus, o aperto da borracha ao redor do seu pau fez com que o líquido pré-ejaculatório vazasse na sua calça jeans. Ele vivia para a estrangulação sexual, precisava disso tanto quanto precisava respirar.

Raphael percebeu que estava atrasado. Ele passou correndo pela porta de madeira da Tumba, seus irmãos já vestidos com os robes, os capuzes pesados cobrindo suas cabeças enquanto eles silenciosamente esperavam pela sua chegada.


E aí, o que acaharam? O livro sai lá na gringa dia 11 de junho. Estejam preparados, porque essa série está com cara de que vai ser gritaria e confusão do começo ao fim...

Ah, e a The Gift Box editora vai publicar os livros da série 'Hades Hangmen' aqui no Brasil. Aliás, o primeiro livro já até está em pré-venda (ou já está à venda, dependendo de quando você ler este post...). Confira! ➜ http://bit.ly/PreVenda_PreludioSombrio

Adicionem 'Raphael' nas suas estantes do Goodreads http://bit.ly/2UjF4V3

Espero que tenham gostado, e lembrem de dar os devidos créditos ao blog se forem reproduzir o texto em algum lugar.

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