Jay Crownover - Recovered {Trechos 1 & 2 ~ Tradução}


Dia 27 de março foi o lançamento de 'Recovered', novo livro da autora Jay Crownover, que teve os livros da série 'Homens Marcados' publicados aqui no Brasil...

Para comemorar, trouxe a tradução de dois trechos liberados pela autora!

Bora conferir?

Lembrando o esqueminha básico das traduções de cada dia do blog: se for reproduzir a tradução em algum lugar, não deixe de dar os créditos ao blog!
Cover Design by Hang Le

Sinopse:

Foi ódio à primeira vista...
Affton
Eu odiava Cable James McCaffrey.
Ele era altivo, mimado, um usuário...e um viciado.
Ele estava fora de controle e não se incomodava em tentar esconder.
Ele tinha tudo o que qualquer pessoa poderia querer e mesmo assim parecia miserável e perdido.
Tudo o que ele fazia, cada erro que cometia, me parecia o caminho errado. Mesmo assim, eu não conseguia para de tentar salvá-lo de si mesmo quando ninguém mais conseguia. No calor opressivo do verão, Cable me ensinou que ter tudo nada significa se você não podia ter o que mais você queria mais que tudo.
Cable
Eu era obcecado por Affton Reed.
Ela era rígida, certinha e zero diversão. Havia algo na sua sua bondade inata que me chamava.
Ela agia como se estivesse acima de qualquer erros e falhas que atormentavam o resto de nós como o cheiro de fumaça em um incêndio.
Eu estava apaixonado por ela, mas isso não me impedia de agir como se ela não existisse. 
No escaldante calor do verão, Affton me ensinou que sempre tem uma maneira de voltar do caminho destrutivo. Ela me mostrou que o truque de conseguir era imaginar que já estava lá, nas minhas mãos. Tudo o que eu tinha que fazer era agarrar.
O caminho da recuperação é cheio de reviravoltas e obstáculos, não importa quem está no comando.
Trecho 1:
Tomei outro gole da bebida com gosto de canela e fiz uma careta enquanto aquilo descia queimando a minha garganta. Talvez eu poderia soltar fogo pela boca. Eu precisaria disso se eu tivesse que passar outro verão com Affton Reed grudada em mim. Ela tem um dos escudos mais fortes que já vi. Se o meu fogo não fosse quente o suficiente, bateria nela e voltaria para me queimar todinho.
O sol já tinha ido embora, e eu fiquei sentado na água. Pensei em me deitar e deixar que a água me fizesse boiar e me carregasse para onde quisesse. Eu mesmo não estava indo para um lugar bom. Escutei a água chapinhar e o ar atrás de mim se agitar. Não estava mais sozinho. Não estava mais sozinho com meu estranhos pensamentos e más escolhas.
Tomei outro gole da garrafa, acabando com a bebida, e olhei sobre o meu ombro para a garota que vinha na minha direção. Seu cabelo parecia prata na pouca luz, e não havia como se enganar pela careta de aborrecimento em seu rosto. Ela olhou para mim e então deixou o olhar cair para a garrafa vazia na minha mão. Seu lábio franziram e suas sobrancelhas desceram formando um raivoso V na ponte do nariz.
"Você não vai fazer nada para deixar esse verão mais fácil, não é, Cable?"
Eu tinha uma queda pela sua voz. Era um pouco rouca e muito doce com aquele lento sotaque texano. A maneira como meu nome soava quando ela o dizia, toda exasperada e frustrada, era incrivelmente sexy. Me fez pensar como soaria quando ela sussurrasse no escuro enquanto eu estivesse dentro dela. Imaginei essa cena mais vezes do que eu poderia contar nos últimos dezoito meses.
"Eu realmente não escolho o caminho fácil, Reed." Olhei para a garrafa vazia na minha mão e pensei em jogá-la no Golfo. Sabendo da minha sorte, provavelmente bateria em alguma vida marinha em perigo de extinção e daria ao juiz mais um motivo para adicionar meses na minha sentença. Em vez disso, levantei e entreguei para a loira de pernas longas que estava parada perto de mim, com a água bem acima dos seus tornozelos.
"Jesus. Você bebeu toda a garrafa?" Ela soa indignada, e quando levanto meu olhar para encontrar o dela, era claro que ela estava pensando em me bater na cabeça com a arma que eu mesmo tinha acabado de entregar a ela.
Encolho os ombros. "Basicamente." As garotas novinhas mal tinham chances de reclamar antes de eu cambalear e roubar outra bebida.
Ela suspirou de onde estava e pairou sobre mim. Fiquei em choque quando ela simplesmente se abaixou ao meu lado, a água imediatamente dançou ao redor dos seus tornozelos e quadril enquanto ela copiava a minha pose, minha garrafa vazia presa entre seus pés. Ela se inclinou, descansou a bochecha no joelho, e olhou firmemente para mim com aqueles olhos incríveis. 
"Tentei dizer para a sua mãe que isso era sem sentido. Eu a avisei que não se pode ajudar alguém que não quer ser ajudado. Eu não quero estar aqui, Cable." Sua voz era dura, e eu estava surpreso por sua confissão me machucar um pouco. Eu não queria estar ao meu redor na maioria das vezes, mas eu estava acostumado com as outras pessoas ao meu redor, competindo pela minha atenção. "Eu não quero estar aqui, mas eu tenho de estar, então isso quer dizer que você está preso comigo não importa o quão difícil você decida se fazer nos próximos meses. Eu não tenho escolha."
Eu queria um cigarro. Eu precisava de algo para ocupar minhas mãos e minha boca. Eu tinha deixado meus cigarros e minha camiseta na escadinha do deck da casa do meu pai. O caminho levava à praia, só alguns metros da água. Era uma casa bonita numa bela propriedade de primeira. Com Affton aqui, parecia nada mais do que uma cara prisão.
Eu sabia exatamente o que minha mãe tinha feito para que Affton concordasse com essa loucura. Ela me disse que estava chantageando minha ex-colega de classe, acredito que tentando de uma maneira velada com que eu me importasse pelo futuro de alguém já que eu não me importava com o meu. Eu sabia que se eu afastasse a Affton, o pai dela perderia o emprego. Não era justo, mas minha mãe vinha perseguindo cruelmente a minha sobriedade. 
"Minha mãe pode ser muito convincente quando quer." Ela também poderia ser tão dura quanto suas unhas e impassível quando queria algo.
Affton bufou e se moveu de forma que agora o seu queixo estava apoiado no joelho, em vez da bochecha. Ela olhou para o infinito de água e céu, e eu me arrepiei mesmo não estando frio. Levantei uma mão e corri entre o meu cabelo. O desconforto dentro de mim, reverberou por todos os meus ossos e sob minha pele. Eu não estava acostumado a me deixar navegar por essas sensações por causa de um outro alguém. Havia muitas palavras silenciosas entre essa garota e eu. As poucas palavras que trocamos foram poderosas, tão importantes que ficaram flutuando entre nós. Era muito mais fácil quando eu a olhava e ela se recusava a devolver o olhar.
"Não sei se 'convincente' seria a palavra que eu usaria...mais como 'conivente'. De qualquer maneira, ela me deixou de mãos amarradas, então sucesso ou fracasso, você está preso a mim até o final o verão. Vamos para dentro de casa e te colocar para dormir para passar o efeito dessa garrafa e rezar para você não ser pego no teste de urina amanhã." Ela pegou a garrafa de onde tinha enterrado a base na areia e levantou uma pálida sobrancelha para mim. "Você deveria ter escolhido algo..." ela se levantou e encolheu os ombros. "Menos nojento de se ter como última bebida. Essa coisa tem gosto de pasta de dente."
Ela me ofereceu sua mão livre, e por um segundo, tudo o que eu pude imaginar foi aceitar e puxá-la para debaixo de mim, deixar a água nos cobrir e nos levar para algum lugar onde nós dois preferíssemos estar. Peguei a sua mão e me levantei. Meses de sobriedade forçada se esvaíram no gosto de uísque de canela. Balancei e quase voltei para o chão, mas antes que eu me estatelasse nas águas escuras, Affton estava ali, com um braço ao redor da minha cintura, a garrafa vazia pressionada contra mim, um frio lembrete de que eu já tinha ferrado com tudo e era apenas o primeiro dia.
Eu não tinha nem ideia de como qualquer um de nós ia sobreviver ao verão, e se sobrevivêssemos, não imaginava como eu deveria sobreviver além disso quando eu estivesse novamente sozinho com os meus próprios pensamentos e más escolhas.
Trecho 2:  
Affton
"Sério, quais são os seus planos para todo o verão, Cable? Você não pode apenas ficar por aqui sentindo pena de si mesmo todos os dias."
Bem, ele podia, e parecia perfeitamente contente em fazer exatamente aquilo, mas se eu tinha que ficar observando ele se afogar em autopiedade o dia todo, todos os dias, eu ia ficar doida. Ações levavam à consequências, e claramente era a primeira vez na vida dele que Cable tinha que enfrentar seus demônios.
Ele olhou para mim de canto de olho de onde estava no meu banco de passageiro, um cigarro apagado entre os lábios. Me recusava a deixá-lo fumar no meu carro, e bati o pé nessa questão mesmo o carro sendo super velho e já tinha um próprio cheiro estranho. O cabelo dele ainda estava molhado, e sua atitude revoltada e irritadiça. Ficar num espaço tão pequeno com ele era enervante, e eu estava perturbada pela maneira como o espaço entre nós parecia carregado e elétrico. Se eu me movesse em qualquer direção, me preocupava em levar um choque. Eu não queria ter qualquer tipo de reação para com esse garoto mimado e rebelde sem causa. Eu queria ser imune. Entorpecida. Insensível.
Ele tirou o cigarro da boca e colocou atrás da orelha. Seus ombros enormes levantaram e caíram em um resmungo entendiado. "Você está aqui para garantir que eu não faça as coisa que eu normalmente faço, então acho que terei de procurar outras maneiras para me entreter."
O tom sugestivo em sua voz me fez corar enquanto meus olhos iam para a sua direção. Me incomodava que toda vez que ele insinuava algo sexual, eu não conseguisse controlar a maneira como meu sangue aquecia e meu coração acelerava. Tentei me convencer que era de vergonha e estranheza, mas eu nunca tinha sido uma boa mentirosa.
E aí, o que acharam? Promete, hein?!

Os livros da Jay Crownover são ótimos e 'Recovered' não tem como não ser sucesso!

Até o final da semana trago a resenha para vocês!

O livro já está disponível na Amazon, clique aqui!

Ah, não esqueçam de adicionar o livro nas suas estantes do Goodreads e do Skoob!

Espero que tenham gostado, e lembrem de dar os devidos créditos ao blog se forem reproduzir o texto em algum lugar.

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