Tracey Garvis Graves - Na Ilha

Olá!

Desta venho com um tanto quanto diferente. Não, não me meti em sagas, embora possa dizer que este livro foi uma bela surpresa para mim!

Quando peguei esse livro, o que mais me chamou a atenção foi a capa, que é maravilhosa por sinal! A Editora Intrínseca caprichou!

Aqui temos Anna e T.J. nossos personagens principais, e que desde o momento em que comecei a ler, não consegui mais desgrudar meus olhos. Ambos me cativaram desde o início, e apesar de certas diferenças entre eles e os meus receios, o livro superou minhas expectativas.

Embora eu não tenha lido nenhum outro livro desta autora, a escrita é muito fácil e a composição dos personagens não deixa nada a desejar!

"Uma ilha deserta e ensolarada, com vegetação luxuriante e banhada por um mar cristalino pode ser o cenário de um sonho. Ou de um pesadelo...
Anna Emerson é uma professora de inglês de 30 anos desesperada por aventura. Cansada do inverno rigoroso de Chicago e de seu relacionamento que não evolui, ela agarra a oportunidade de passar o verão em uma ilha tropical dando aulas particulares para um adolescente.

T.J. Callahan não quer ir a lugar algum. Aos 16 anos e com um câncer em remissão, tudo o que ele quer é uma vida normal de novo. Mas seus pais insistem em que ele passe o verão nas Maldivas colocando em dia as aulas que perdeu na escola.

Anna e T.J. embarcam rumo à casa de veraneio dos Callahan e, enquanto sobrevoam as 1.200 ilhas das Maldivas, o impensável acontece. O avião cai nas águas infestadas de tubarão do arquipélago. Eles conseguem chegar a uma praia, mas logo descobrem que estão presos a uma ilha desabitada.

De início, tudo o que importa é sobreviver. Mas, à medida que os dias se tornam semanas, e então meses, Anna começa a se perguntar se seu maior desafio não será ter de conviver com um garoto que aos poucos torna-se homem."

Ok, este livro tem dois pontos que são os meus traumas:
1) Ilha - Acho que depois de Lost, todo mundo tem um pouco de trauma sobre o assunto.
2) Diferença de idade - Meu outro trauma é em relação à diferença de idade entre os personagens. Mais precisamente quando a mulher é mais velha. Não é preconceito nem nada, mas é que eu já li dois livros que era sobre essa temática, e os dois livros eram tão trash que me deram vontade de jogar pela janela.
Mas apesar dos meus temores, este livro me supreendeu de uma maneira que não imaginei ser possível. Ainda mais porque nem sei o que me deu em ler esse livro, considerando as minhas experiências literárias anteriores.

Esse é um daqueles livros em que eu digo que você pode ler sem se importar se a sinopse é boa ou não. Melhor ainda, nem leia a sinopse, vá direto para o primeiro capítulo! Quando eu comecei a ler, achei que seria mais um daqueles clichês, mas não poderia estar mais enganada. Me surpreendeu do começo ao fim.

O livro começa se ambientando em junho de 2001, quando Anna está com 30 anos e T.J. com 16. Eles estão à caminho de Malé nas Maldivas, onde Anna ministrará aulas particulares de inglês para T.J. (Ok, concordo que é meio estranha essa parte, mas...). Sabe quando as coisas acontecem meio que como sinais? Então, no meio da viagem as escalas começam a atrasar e a casa alugada fica à duas horas de distância do aeroporto final...

E então, quando eles já estão no 'the end' da viagem, o piloto do hidroavião em que Anna e T.J. estão começa a ter o que parece ser uma ataque cardíaco. A partir daí o caos se instala: o piloto tendo um troço, avião começa a ficar instável, a consequente queda da aeronave e a luta desesperada pela sobrevivência após a queda.

Achei interessante como a autora colocou a interação dos dois personagens quando conseguiram chegar na ilha. E por mais angustiante que seja essa parte, que você acha que os dois vão, conforme o dito popular, 'nadar, nadar e morrer na praia', Anna e T.J. conseguem chegar vivos naquele pedaço de terra no meio do oceano.

Então temos uma mulher e um garoto tentando sobreviver em uma ilha que seria paradisíaca se não fosse a escassez de comida, água e todos os confortos do mundo atual. E principalmente a preocupação com T.J., já que ele está em fase de remissão de um linfoma de Hodgkin. Mas não é só isso, eles têm que encontrar uma forma de sobreviver às interpéries do clima, e dos animais que habitam a ilha.

E conforme os dias, semanas e meses vão passando, o entrosamento dos dois fica maior, e você consegue ver o surgimento de uma relação, que fora ilha seria impensável, mas ali, não parecia tão errado assim. Conforme o tempo passa e T.J. deixa de ser aquele garoto e começa a se transformar em homem, não será só ele que olhará diferente para Anna, ela também mudará sua postura e não conseguirá ficar indiferente.

E então, quando o leitor já está meio que se conformando que eles vão ficar 'forever' na ilha, vem o infame tsunami no final do ano de 2004. Aí, tudo toma um rumo inesperado.

Definitivamente é um livro que recomendo! Achei que, fora das séries intermináveis, esse livro 'solo', é, de longe, um dos melhores que eu li nos últimos tempos. Deixe suas aversões e traumas literários de lado e leia!

Beijos,
Mari.

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